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O regresso aos primórdios da Pangeia: testemunhos na Costa Vicentina

DESCRIÇÃO GERAL
Título da Acção: O REGRESSO AOS PRIMÓRDIOS DA PANGEIA: TESTEMUNHOS NA COSTA VICENTINA

Nº de Registo: CCPFC/ACC-49438/08

Duração: 25 h

Nº de Créditos: 1

Modalidade: Curso de Formação [para efeitos de aplicação do n.º 3 do artigo 14º do Decreto-Lei n.º 249/92 (Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores – RJFCP), a
presente acção releva para a progressão de carreira (mais de 2/3 da formação é realizada na área científico-didática dos destinatários)].

Destinatários: Professores do Grupo 520 (11ºB grupo, professores do 3º Ciclo do Ensino Básico e do Ensino Secundário)

Formador: José Carlos Kullberg (Doutorado, Prof. Associado, formador nº 14901/02)

Nº de vagas [1]: 25

Nº mínimo de inscritos: 20

Critério de seriação: Ordem de inscrição, depois de cumprido o disposto no “Nº de vagas”

Calendário: A estabelecer, em princípio anual, mas função da procura

Período de inscrição [1]: Início com cerca de 20 dias de antecedência

Propina de inscrição [1]:
   Professores de escolas signatárias do protocolo: 0 € na primeira acção; 50€ nas seguintes
   Professores de outras escolas: 100 €
 

[1] - Consultar: Normas e procedimentos gerais

OBJECTIVOS
  • Conhecer a evolução geodinâmica da actual margem ocidental ibérica, no final do Paleozóico e início do Mesozóico;

  • Adquirir competências diversificadas de análise geológica no campo, o principal laboratório da Geologia, em particular a partir da análise estrutural (observação e interpretação de afloramentos e utilização da bússola de geólogo) e sedimentar (p.ex: estudo de texturas e de estruturas sedimentares reveladoras de tipos e dinâmicas de ambientes de sedimentação);

  • Sensibilizar para a necessidade de preservação do Património Geológico, testemunhos que nos revelam o passado do nosso planeta, no caso em estudo o passado geológico do nosso território desde o final de um ciclo orogénico até o início do seguinte;

  • Adquirir competências para a construção de mapas paleogeográficos.
  • CONTEÚDOS/PROGRAMA
    Sessão 1

    1ª Aula (teórica e teórico-prática) (8 horas)
     
    Período da manhã (4 horas com pausa a meio)

      a) Noções básicas sobre Tectónica de Placas e sobre o Ciclo de Wilson;

      b) Evolução tectónica da Zona Sul Portuguesa (Ciclo Varisco) e da Bacia Algarvia: contributos para um melhor conhecimento sobre as fases de acreção (Paleozóico superior) e de fragmentação (início do Mesozóico) da Pangeia. O problema do (des)conhecimento do Pérmico em Portugal.

      c) Noção de carta paleotectónica e paleogeográfica e fundamentos da sua construção. Exemplos de leitura de cartas regionais, publicadas na literatura.

      d) Exercício de aplicação de conhecimentos adquiridos.

    Período da tarde (4 horas com pausa a meio)

      a) Estruturas primárias observáveis em rochas sedimentares, reveladoras da dinâmica dos respectivos ambientes de formação;

      b) Noção de polaridade sedimentar e critérios para a sua determinação;

      c) Estruturas não primárias, resultantes de diferentes mecanismos de deformação: dúctil e frágil. Noções de clivagem e de xistosidade.

      d) Implicações ao nível da utilização dos critérios de polaridade para a classificação de estruturas de deformação dúctil (dobras);

      e) A utilização da bússola de geólogo. Princípios básicos, exercícios práticos e projecção de informação estrutural em mapas topográficos. A utilização da rede estereográfica
    (projecção de Schmidt), como instrumento de análise estrutural e geodinâmica.

      f) Preparação da visita de estudo à Costa Vicentina.

    Sessões 2 e 3

    2ª e 3ª Aulas (práticas) (em dois dias seguidos, no campo, perfazendo um total de 8 + 9 horas, com curtas paragens para almoço); inclui a avaliação, no final (1 hora)
     
      a) Visita a diferentes afloramentos na Costa Vicentina e região de Sagres (Algarve) (num total aproximado de 8 paragens), demonstrativos dos aspectos teóricos desenvolvidos na 1ª aula;

      b) Análise, ilustração em caderno de campo, e interpretação, de estruturas representativas de deformação dúctil e de deformação frágil;

      c) Idem para estruturas primárias associadas a dinâmica original dos ambientes de sedimentação: estudo de paleocorrentes;

      d) Observação e interpretação, in situ, de aspectos relacionados com a evolução geodinâmica da margem oeste ibérica, registados nas rochas aflorantes na Costa Vicentina e no Algarve ocidental;

      e) Como tirar partido dos afloramentos, para fins didácticos; integração dos conteúdos ministrados no campo com os conteúdos programáticos, particularmente das disciplinas
    de Biologia e Geologia e de Geologia do Ensino Secundário;

      f) Estratégias para a sensibilização dos alunos relativamente à necessidade de protecção do Património Geológico.
    AVALIAÇÃO e CLASSIFICAÇÃO

       Apenas são elegíveis para avaliação os formandos que tiverem frequentado um mínimo de 2/3 da acção de formação (17 horas).

       Realização de teste (1 hora) e avaliação do trabalho resultante das sessões 2 e 3. No cumprimento do disposto na Carta Circular conjunta CCPFC/DGHRE – 3/2007 de Setembro de 2007, a classificação final será quantitativa, aproximada à décima, numa escala de 0 a 10 valores. Será também efectuada menção qualitativa, de acordo com os intervalos estipulados na citada orientação conjunta. Será considerado aprovado o formando que obtiver classificação igual ou superior a 5,0 valores.

       Os resultados serão comunicados individualmente a cada formando, de forma a garantir-se a privacidade dos resultados. De acordo com o previsto no nº 4 do artº 11º do Decreto-Lei n.º 249/92 (RJFCP), de 9 de Novembro, do resultado da avaliação, cabe recurso aos formandos para o Conselho Científico da FCT/UNL.

       A acção é sujeita a avaliação por parte dos formandos que, para o efeito, preencherão inquéritos de hetero-avaliação, na observância do estabelecido no artº 10º do RJFCP. Será garantida a confidencialidade perante o formador.

     

    FORMULÁRIO de INSCRIÇÃO

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