Faculdade

Departamento

Micropaleontologia

Objectivos

Objectivos. Conhecimento das características taxonómicas e da classificação sistemática dos principais grupos de microfósseis marinhos. Conhecimento do contributo de cada grupo de microfósseis para a elaboração de escalas de tempo relativo e para a compreensão das características dos ambientes e da sua evolução no tempo geológico. Conhecimento da importância da micropaleontologia na investigação, pesquisa e exploração de recursos naturais.

Competências. O aluno deve ser capaz de:

- dominar técnicas de campo e laboratoriais para a pesquisa, amostragem, separação e arquivo de microfósseis.

- reconhecer as características morfológicas distintivas de cada grupo microfóssil.

- utilizar tratados para determinar a classificação taxonómica de microfósseis ao nível de género e espécie (nomeadamente foraminíferos e ostracodos).

- determinar a possível idade ou o paleoambiente pelo estudo de géneros e espécies presentes e respectiva abundância, numa associação de microfósseis.
- elaborar quadros de alta resolução biostratigráfica, paleoecológica e de eventos, com o objectivo de documentar padrões de desenvolvimento de sequências a diversas escalas, tais como os utilizados na modelação e correlação de reservatórios de petróleo e gás.

 

Conteúdos programáticos

Estudo sistemático dos principais grupos de microfósseis (foraminíferos, ostracodos, nanoplancton calcário, radiolários). Distribuição estratigráfica e ecologia. Importância biostratigráfica (escalas de biozonação) e paleoecológica. Os microfósseis como proxies (indicadores das condições físico-químicas do ambiente e da sua evolução no espaço e no tempo).

Técnicas laboratoriais de amostragem e estudo de microfósseis.

Tópicos de investigação científica em micropaleontologia (estudo de casos, envolvendo estratigrafia sequencial e nomeadamente a definição de limites cronostratigráficos, reconstituições paleogeográficas e paleoceanográficas, e evolução biológica).

 

Bibliografia

Bignot, G. (2001) – Introduction à la micropaléontologie. Ed. Gordon and Breach, 257 p.

Legoinha, P. (2001) - Biostratigrafia de Foraminíferos do Miocénico de Portugal (Baixo Tejo e Algarve). Dissertação de Doutoramento, Universidade Nova de Lisboa, 241 p., 24 est.

Cronin, T.M and Dwyer, G. (2003) – Deep sea ostracodes and climate change. Paleontological Society papers, v. 9: 247-263.

Lazarus, D. (2005) – A brief review of radiolarian research. Palaeontologische Zeitschrift, vol. 79/1, p. 183-200.

Nascimento, A. (1988) - Ostracodos do Miocénico da bacia do Tejo: sistemática, biostratigrafia, paleoecologia, paleogeografia e relações Mediterrâneo-Atlântico. Dissertação de Doutoramento, Universidade Nova de Lisboa, 305 p.

Murray, J. W. (1991) - Ecology and paleoecology of benthic foraminifera. Longman Scientific & Tecnhical, 397 p.

Van der Zwan, G.J., Duijnstee, I.A.P., den Dulk, M., Ernst, S.R., Jannink, N.T. and Kouwenhoven, T.J. (1999) – Benhic foraminifers: proxies or problems? A review of paleoecological concepts. Earth-Science Reviews, 46: 213-236.

Websites:

IUGS – International Commission on Stratigraphy: http://www.stratigraphy.org/

Ostracods – http://www.ucl.ac.uk/GeolSci/micropal/ostracod.html

Palaeos – Time & Life: http://www.palaeos.com/index.html

Radiolaria – http://www.radiolaria.org/

The International Nannoplankton Association - Higher Classification of calcareous nannofossils: http://www.nhm.ac.uk/hosted_sites/ina/taxcatalog/INTRO.HTM